Dia nacional da conscientização sobre as mudanças climáticas, e aí?
Hoje, dia 16 de março, é o Dia Nacional da Conscientização sobre Mudanças Climáticas. Pois é, você sabia disso? Isso é algo que faz parte das nossas vidas e a sensibilização deveria ser diária. Mas como às vezes precisamos de uma data comemorativa para pensar em assuntos, hoje vamos falar das mudanças climáticas!
O planeta está mais quente. Precisamos cuidar das nossas florestas. Precisamos economizar água. Queimadas influenciam no aquecimento global. Será que é tarde demais?
Frases como essas são comuns quando o assunto é “mudanças climáticas”. Você as vê nos jornais, escuta de especialistas e até debate em uma roda de amigos ou no trabalho. Mas o que efetivamente faz para mudar o cenário?
No último dia 10 de março, a ONU divulgou um amplo relatório: “Declaração da OMM sobre o estado do clima global em 2019”, liderado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), com dados fornecidos por uma extensa rede de parceiros. Como já se imaginava, o relatório mostra que a mudança climática está tendo um efeito importante em todos os aspectos do meio ambiente, bem como na saúde e bem-estar de toda a população.
Conforme o relatório, entre os sinais físicos diretos dessa mudança estão o aumento do calor da terra e do oceano, aceleração da elevação do nível do mar e derretimento do gelo. Mas você já pensou nos efeitos indiretos que vem junto? Saúde humana, impactos no desenvolvimento socioeconômico, migração e aumento da fome no mundo são apenas alguns dos citados.
Além de todos os efeitos, dados do relatório nos fazem ver que estamos longe do caminho para limitar o aquecimento do planeta, conforme compromisso assumido no Acordo de Paris. O chefe da ONU, António Guterres, alertou no próprio prefácio do documento: o mundo está atualmente “fora do caminho para limitar o aquecimento a 1,5ºC ou a 2ºC”. O caminho na verdade é contrário: vários recordes de calor foram quebrados nos últimos anos e décadas: o relatório confirma de 2019 foi o segundo ano mais quente já registrado e 2010-2019 foi a década mais quente já registrada.
Quanto ao tema, o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, em entrevista ao UM News, disse que há um entendimento crescente de que a mudança climática é o problema número um que a humanidade está enfrentando hoje e, assim, existem sim muitos bons sinais de que começamos a avançar na direção certa. “No ano passado, as emissões caíram nos países desenvolvidos, apesar da economia em crescimento. Por isso, mostramos que é possível separar o crescimento econômico do crescimento das emissões. A má notícia é que, no restante do mundo, as emissões cresceram no ano passado. Então, se quisermos resolver esse problema, temos que ter todos os países a bordo”, afirmou.
Taalas ainda acrescentou que os países ainda não cumprem os compromissos assumidos na conferência climática da ONU em Paris em 2015, deixando o mundo atualmente a caminho de um aumento de temperatura de quatro a cinco graus até o final deste século. “Há claramente uma necessidade de níveis de ambição mais altos para levarmos a sério a mitigação climática.”
Mas e aí, o que podemos fazer para ajudar? Além de estar informado e cobrar das esferas governamentais que façam a sua parte e cumpram os acordos assumidos, podemos ir mais longe. Pequenas mudanças de hábitos sozinhas e isoladas podem não fazer tanta diferença, mas se todo mundo fizer um pouco, esse pouco vira bastante, não é mesmo?
Entre as pequenas atitudes que podemos assumir, estão: reduzir o desperdício de água e comida, diminuir o descarte de resíduos (reduzir, reciclar e reutilizar), usar menos carro e mais bicicleta, aderir à carona solidária, preferir a compra de produtos locais, evitar o consumismo exagerado, fazer compostagem, diminuir o consumo de energia elétrica e plantar árvores.
Veja só, são apenas alguns exemplos bem simples que já estamos acostumados a ouvir. Além de fazer bem para o planeta, faz bem para o corpo e para o bolso!
Aproveite a data comemorativa e inicie uma nova rotina. Vamos todos juntos fazer um pouquinho e tentar reverter esse grave problema? Se cada uma das bilhões de pessoas que existem na Terra fizer sua parte, haverá menos emissão de gases efeito estufa, menos poluição, desmatamento e desperdício de produtos, mais economia de combustível, transporte, energia limpa, água, alimentos e bens de consumo.